Atualmente, há muitas ofertas – inclusive promocionais – no mercado imobiliário, tanto em empreendimentos novos quanto de imóveis de terceiros. Há muita gente querendo comprar ou precisando vender e, no meio disso, muitos consumidores estão receosos, com medo do que fazer. Ao mesmo tempo, o mercado imobiliário experimenta a captação recorde de recursos na poupança, a principal fonte de financiamento de imóveis para a classe média. Além disso, os juros baixos, com a Selic em 2% ao ano, estão atraindo investidores e permitindo que mais famílias obtenham crédito. O resultado desse contexto é relativamente simples: a demanda por financiamento não está acompanhando a expansão do volume de recursos, isto é, há dinheiro sobrando no crédito imobiliário.
A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), inclusive, está esperando um crescimento de 12% no volume de financiamentos em 2020, ou seja, um cenário que parecia ruim, em função da pandemia da COVID-19, pode oferecer grandes resultados ao setor em um futuro bem próximo. A expectativa da Abecip para 2020 é de um avanço de 12% no volume de financiamentos em relação ao ano passado. E ainda: de acordo com o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), o momento é favorável especialmente em relação a imóveis de médio padrão – a partir de R$ 240 mil. De janeiro a julho, foram R$ 87,9 bilhões de captação líquida da poupança, recorde desde o Plano Real. Um resultado que, no mesmo período de 2019, segundo dados do Banco Central e da Abecip, havia ficado negativo em R$ 13 bilhões.
Fonte: InfoMoney